Introdução: A intoxicação aguda por abuso de drogas é um problema significativo nos departamentos de emergência, especialmente entre jovens expostos a novas substâncias psicoativas e polisubstâncias. A gestão eficaz desses casos envolve triagem, identificação, avaliação, hospitalização e colaboração com centros de desintoxicação.
Objetivos: Compreender o manejo de intoxicações por drogas nas emergências médicas.
Metodologia: Esta pesquisa é uma revisão bibliográfica com dados coletados na PUBMED usando os descritores "Abuso de Drogas", "Drogas Ilícitas" e "Intoxicação", focando em artigos de 2020 a 2024. Foram incluídos artigos que tratavam do manejo de intoxicações nas emergências médicas, em inglês ou português e disponíveis em texto completo. Excluídos foram artigos que não abordavam diretamente o tema. Quatro artigos foram selecionados.
Resultados: Analisando o cenário, observa-se que a maioria dos atendimentos de emergência relacionados a drogas envolve pacientes do sexo masculino, com a faixa etária predominante entre 25 e 34 anos. A intoxicação mais comum é por álcool, e entre as drogas ilícitas, destaca-se a cannabis. Em um estudo realizado em um único centro de pesquisa, constatou-se que 89% dos pacientes estavam intoxicados pelo uso de etanol, 17% por drogas ilícitas e 1% por medicamentos. Além disso, cerca de 36% dos pacientes necessitaram de hospitalização. Nos casos de insuficiência hemodinâmica, neurológica ou respiratória, são utilizados critérios para intubação endotraqueal. O manejo é adaptado de acordo com o tipo de entorpecente envolvido; para situações onde não há suspeita de ingestão de drogas farmacêuticas ou recreativas, recomenda-se a lavagem gástrica com carvão ativado dentro da primeira hora após a ingestão. Em casos de intoxicação grave por lítio, metformina, salicilato, fenobarbital, ácido valpróico ou teofilina, o uso de hemodiálise é recomendado para prevenir complicações renais.
Conclusão: As intoxicações agudas por uso de drogas, especialmente álcool e cannabis, estão se tornando cada vez mais comuns nas emergências médicas. Essas situações demandam uma resposta rápida e eficaz para minimizar riscos e consequências graves. O tratamento varia conforme a substância e a gravidade da intoxicação, podendo envolver lavagem gástrica e carvão ativado. A colaboração entre serviços de emergência e centros de desintoxicação, além da educação e prevenção, é crucial para melhorar os resultados clínicos e a gestão dessas intoxicações.
Comissão Organizadora
Taynah de Sousa Rodrigues da Cunha
Rafael Pinto Silveira
Comissão Científica